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domingo, 20 de novembro de 2011

Planejamento para ser Técnico Judiciário (área administrativa) do TSE - Parte 1


O TSE publicou edital para realização de concurso público que preencherá vagas em diversos cargos do órgão. A empresa que realizará o concurso é a Consulplan. As inscrições poderão ser realizadas no período entre 0h do dia 30 de novembro até às 23h59 do dia 22 de dezembro de 2011, pelo horário de Brasília, no site http://www.consulplan.net. As provas serão realizadas no dia 12 de fevereiro de 2012. Para o cargo de técnico, a remuneração inicial equivale a R$ 4.052,96.

Neste texto, serão apresentadas algumas dicas para a estratégia de estudos e para a racionalização do tempo de estudo para o cargo de Técnico Judiciário, Área Administrativa. As dicas, entretanto, podem ser aplicadas aos outros cargos também. Para quem ainda não o fez, recomendo fortemente a leitura do primeiro texto que publiquei neste blog, que apresenta dicas e critérios para a distribuição do tempo de estudo.
 
O edital não informa o número de vagas. Portanto, trata-se de um concurso para formação de cadastro de reserva. Diga-se de passagem, isso é um absurdo. Um desrespeito para com o cidadão. Afinal de contas, o número de vagas interfere na decisão de fazer ou não o concurso. Na verdade, trata-se de um efeito colateral da decisão do STF que obriga os órgãos a chamarem, no prazo de validade, todos os aprovados dentro das vagas previstas no edital. Eu já tinha cantado essa pedra quando todos comemoravam a decisão do STF. Para não assumir maiores compromissos, os órgãos subestimarão o número de vagas no edital.

A boa notícia é que devem existir muitas vagas. O TSE, como os demais órgãos da Justiça, tem uma rotatividade muito alta. A maioria dos servidores que assumem cargos de nível médio vê nisso um degrau para alcançar aprovação em outro cargo, de remuneração mais elevada, mas tendo uma renda, o que traz maior tranquilidade para os concursos seguintes. Da mesma forma, quem toma posse como analista, já entra com planos de saída. Infelizmente, essa é a realidade. E assim será enquanto não houver equiparação entre os cargos do Executivo, Legislativo e Judiciário, tal qual preconizara a Constituição de 1988. No concurso de 2006, para o cargo de Técnico Judiciário, área Administrativa, foram previstas 122 vagas no edital e chamados 296 candidatos, dentre os quais, 13 concorriam como deficientes.

Depois da leitura deste texto, recomendo fortemente aos interessados que leiam o edital do concurso. O link está no final deste texto.

Não haverá prova discursiva para o cargo. Isso é muito bom para aquelas pessoas que tenham maior dificuldade com redação. Mas vai uma dica, se você quer ter uma carreira brilhante na Administração Pública e não redige bem, tome providências. Leia mais, faça cursos específicos e escreva, escreva muito, pois a qualidade da nossa redação é proporcional à frequência com que redigimos.

Para planejar o estudo, em primeiro lugar, é preciso verificar a importância de cada uma das disciplinas, de acordo com o edital. Em segundo lugar, é preciso ter frieza para avaliar os seus pontos fortes e fracos. É partir dessas variáveis que o tempo de estudo deve ser distribuído entre as disciplinas.

O tempo é variável crucial no planejamento. Mesmo para aquelas pessoas que estão 100% à disposição dos estudos, quando se distribui o tempo de estudo entre as diversas disciplinas, verifica-se que o tempo a ser alocado em cada uma das disciplinas será pequeno, o que exigirá, então, um estudo bastante focado.

A seguir reproduzo quadro constante do edital, que mostra a distribuição de questões na prova.

Cargo
Provas
Número de questões
Caráter
Técnico Judiciário
Conhecimentos Gerais (P1)
50 (cinqüenta)
Eliminatório e classificatório
Conhecimentos Específicos (P2)
70 (setenta)

Obviamente que o quadro não diz muito. Precisamos verificar as disciplinas que estão dentro de cada um dos grupos (Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específicos), para então estimar o número de questões que cada disciplina deve ter.

Em Conhecimentos Gerais, vão aparecer questões de língua portuguesa, noções de informática, noções de arquivologia, raciocínio lógico e noções de direito eleitoral.

Em Conhecimentos Específicos aparecerão questões de noções de direito constitucional, noções de administração financeira e orçamentária - AFO, noções de gestão de pessoas nas organizações, noções de administração de recursos materiais, noções de direito administrativo, noções de administração pública e normas aplicáveis aos servidores públicos federais.

São, portanto, 12 disciplinas diferentes. O edital não faz a abertura para mostrar o número de questões de cada disciplina. Mas, veja que interessante, em Conhecimentos Gerais, são 50 questões e 5 disciplinas. Em Conhecimentos Específicos, são 70 questões e 7 disciplinas. “Sacou”? Eu apostaria, então, 10 questões para cada disciplina. Infelizmente, nem sempre as bancas seguem na elaboração das provas a lógica sugerida pelo programa estabelecido no edital. Isso também é, na minha opinião, um absurdo. O ideal seria que o edital estabelecesse o número de questões para cada disciplina.

Bom, agora vem a parte da matemática! Para calcular a nota final no concurso será necessário em primeiro lugar calcular a nota de cada um dos grupos (Conhecimentos Gerais – P1 e Conhecimentos Específicos – P2). De acordo com o item 10.3 do edital, a nota do candidato em cada prova objetiva (P1 e P2) será igual a 10 × NQ / N, em que:
NQ = número de questões da folha de respostas concordantes com o gabarito oficial definitivo;
N = número total de questões da respectiva prova.
Note que a nota máxima em cada grupo será de 10. Foi estabelecida também uma nota mínima por grupo, que deve ser 5. Abaixo disso, o candidato estará eliminado.

De acordo com o item 10.3.2, a nota final nas provas objetivas (NFPO) será calculada pela média ponderada das notas obtidas nas provas P1 e P2,
atribuindo-se os pesos 1 e 3, respectivamente, conforme a seguinte fórmula NFPO = (NP1 + 3NP2) / 4.

Observe que o total de pontos para P1 equivalerá 25% da prova e para P2 75%.  Só que P1 tem 50 questões. Portanto cada questão contribuirá com 0,5% na nota final. Já no caso de P2, haverá 70 questões. Portanto, cada questão de P2 contribuirá com (75/70)%.

Na parte 2, vamos entrar efetivamente no planejamento para o concurso. 


2 comentários:

  1. Olá amigo, queria saber se é de seu conhecimento se as vagas serão para trabalhar somente em Brasília ou existem sedes do TSE nas capitais, no meu caso Salvador - BA.

    Abraço e parabéns pelo Blog.

    Meu e-mail: seu_madrugada@hotmail.com

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  2. Amigo! Na hora da inscrição, o campo de opção aponta Brasília como lotação e local de prova. Portanto, "choromela" não vai resolver. rsrsrsrs

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